Resenha: MAIS QUE AMIGOS de Barbara Delinsky


Mais do que vizinhos de porta, os Maxwells e os Popes são duas famílias cujas vidas estão profundamente entrelaçadas: as mulheres foram colegas de quarto na universidade, seus maridos são parceiros no mesmo escritório de advocacia e os filhos cresceram juntos, partilhando férias e feriados. Mas, quando suas vidas são abaladas por uma tragédia que nunca poderá ser apagada ou esquecida, a confiança de uns nos outros e, por que não, em si mesmos é posta em xeque. Michael, de 13 anos, filho dos Maxwells, assiste a mãe e Sam Pope fazendo amor e, ao fugir dessa cena angustiante, é atropelado por um furgão, entrando em coma profundo. Para piorar a culpa da mãe de Michael, o motorista do furgão é Grady Piper, seu namorado de adolescência. "Mais Que Amigos" é uma história que toca todas as pessoas, englobando as paixões universais que a vida tem a oferecer e mostrando que o acaso e a fragilidade são inerentes a nós.
Li este livro por indicação da Lili, Li este livro por indicação da minha professora do SAT, pena que não tinha em ingles. E então embarquei nesta história que me deu deixou extremamente extenuada com a quantidade de emoções que tive durante a sua leitura. É uma história que nos prende do começo ao fim, nos enredando nos dramas das personagens. Estes dramas que estão guardados nos corações dessas personagens, somente vêm à luz, quando Michael encontra sua mãe Teke, transando com Sam, vizinho amigo da família. Em decorrência desse flagrante, Michael é atropelado por Glady, ex-namorado de sua mãe, e entra em coma.

Temos então o início dos dramas que afloram, pois Teke, seu marido J.D., Sam e sua mulher Annie, terão que reavaliar suas amizades, seus casamentos, o amor, a confiança, etc. As estruturas que mantiveram estes dois casais amigos desde a faculdade são abaladas com a traição, e sentimentos como o egoísmo, a intolerância, a mesquinhez, o ciúme, etc. são trazidos a tona de uma forma avalassadora e que não permite serem ignorados.

No meio de tantos sentimentos conflitantes e situações constrangedoras, as personagens enfrentam seus medos, e como lidar com o perdão.
Gostei muito deste livro, pois me despertou uma grande questão que ainda não consegui responder: O AMOR PERDOA TUDO?

Palavras Lidas.


“O álcool é como o amor: o primeiro beijo é mágico, o segundo é íntimo, o terceiro é rotina. A partir daí, você apenas tira a roupa da garota”

Raymond Chandler

É por isso que eu sempre digo que as pessoas tem que se manterem bêbadas, pelo menos você tem a desculpa de não saber o que está fazendo, seja pelo amor ou pelo álcool.


Na vitrola: Opheliac - Emilie Aunumn.

A carta.


Aquela que demorei a escrever...
E Usei:

Uma...

Duas...

Três..

Várias folhas de papel...

Escrevi meus sentimentos...
Meus pensamentos...
Minhas perspectivas..
Meu bom humor...
O melhor de mim...

E...

Que por ironia do destino...
Insiste em não chegar em suas mãos.


Na vitrola: David Matthews Band - Crash in

- Palavras Lidas.


O cansaço de todas as ilusões e de tudo que há nas ilusões - a perda delas, a inutilidade de as ter, o antecansaço de ter que as ter para perdê-las, a mágoa de as ter tido, a vergonha intelectual de as ter tido sabendo que teriam tal fim.

A consciência da inconsciência da vida é o mais antigo imposto à inteligência. Há inteligências inconscientes - brilhos do espírito, correntes do entendimento, mistérios e filosofias - que têm o mesmo automatismo que os reflexos corpóreos, que a gestão que o fígado e os rins fazem de suas secreções.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego.




Na vitrola: Storm - Lifehouse.

Dreams.


Dreams...
undiscovered and unexplored lands full of magic and fantasy,
sweet lullaby under the moon,
as we fly in the arms of winged creatures that protect us,
while wrapped into their wings they guide us through the sky,
there are no bundaries as we can touch the stars
and feel the soft clouds in our hands...



Na vitrola: Dançando - Egberto Gismonte

. The Pianist


The soft piano tune emanated through the small flat. The melody played through the halls, echoing softly across a girl’s warm, sleeping form, passing through a newly wed suite, shifting gently across the street. Even as the blood trickled slowly across the keys, his fingers softly grazed across the white and black. His eyes shut and the small crooked smile played on his lips as he escaped into the melody.

The sun slowly surrendered her reign on the sky, the moon claiming her mantle. Still, the music played. The pace slowing only slightly. The keys still gently hammered the strings. A soft, cool glow blushed through the raindrops upon the windowpane, casting shifting, mottled patterns across the room. Women, on their way home, paused in the street, their heads slightly tilted, the notes drifting through them. Children slowly slept, the tender lullaby banishing their unrest. In the flat, the man paused to brush a lock of thick hair from his face, allowing one hand to leave the piano. The stiff arm, translucent and colourless, cracked as the slowly congealing blood dried. His breath coiled placidly before his face, a pale mist. He watched it curl towards the heavens. Felt his spirit within the air.

The music looped and vined around it as his hand passed back to the keys. The notes were a shield, not constricting but protecting, that placid spirit. The soft notes resounded down the halls. Slowly fading. The notes gradually faded.

Quietening.

Stopping.




Na vitrola: Bill Evans.