Caralhoca! Minha vida está UM GRANDE E ETERNO MIMIMI!

Sabe a sensação esquisita de se sentir drogado?
Sei lá, anestesiado. Porém tendo a sensação incômoda da dormência? Queimando por dentro... Não sei explicar.
Porém a dormência é tão, mas TÃO irritante, que você enlouquece com a tentativa de explicar o porque dessa sensação ruim.
Consegue entender?
Bem, entendendo ou não, me sinto assim na maior parte do tempo.
Minha cabeça tá vazia. Chega a fazer eco.

Uma história qualquer de amor e tal...



" Me escondo de ti em uma tola máscara.
Mas não estaria tua máscara... me escondendo ainda mais de ti?"
(Esyath Barret)

A CRISE DA DÚVIDA

Por Esyath Barret

- E se o final não for feliz para sempre?
- Nunca teremos como saber!
- Se nunca saberemos... é porque não chegaremos ao final?
- Não, é apenas... porque o final não existe... afinal, não é para sempre?
- Então... nos amaremos eternamente?
- Nós nem sabemos se nos amamos!
- E como... poderíamos saber?
- Tentando oras...
- Ou se sabe se ama, ou se sabe que não se ama. Não existe esse negócio de tentar... Você me ama ou não?
- Eu posso dizer que sim! Todo mundo fala isso o tempo todo. Mas seria indecente...
- Por quê?
- Porque o amor só deve ser confessado quando a certeza existir... e isso só acontece com o tempo e com a convivência...
- Ufa!
- Que foi?
- É que eu estava com medo... de confessar que também não sabia se te amava...
- O QUÊ? VOCÊ NÃO ME AMA?
- Mas... você disse...
- Eu falei genericamente. Não estava falando sobre nós...
- NÃO????? NÃO FOI O QUE PARECEU!
- NÃO GRITE!
- VOCÊ GRITOU PRIMEIRO!
- Desculpe... talvez devêssemos discutir a relação...
- E não é o que estamos fazendo?
- Não... estamos apenas passando por uma crise econômica...
- Econômica???????
- Claro... estamos economizando nossos sentimentos... nos poupando da verdade...
- Que verdade?
- Talvez... temamos... não nos amarmos... ou pior... não sermos amados...

Simeão vê lágrimas nos olhos de Magdalena, a abraça e diz:

- Eu... te amo Lena.
- E se não for verdade?
- É claro que é... agora tenho certeza... e nunca mais quero ser o responsável por suas lágrimas.
- E nem eu... Simeão... quero ser a responsável... por sentir que o forcei a alguma coisa...
- Como assim?
- Acho que você afirma me amar, para ser poupado do incômodo de me ver chorando. Acho melhor... nos afastarmos...
- NÃO LENA! POR FAVOR!
- Eu não posso ficar ao lado de um homem...
- QUE TE AMA COMO EU???????
- Mas... e se eu não o amar?
- Não importa... desde que eu consiga te fazer feliz. Isso sim me importa!
- Simeão... você ficaria comigo... mesmo sem eu te amar?
- Sim Lena. Desde que você seja realmente feliz... – Afirma ele sério, fitando-a nos olhos...
- Eu também te amo Simeão. Muito. Jamais questionarei nossos sentimentos novamente.

E assim, o jovem casal de enamorados... concluiu que a certeza surge quando deve surgir, nem antes, nem depois.




Na vitrola: Andreas Mattsson